“Le souvenir est le parfum de l´âme” – (George Sand).


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Prato

A obsessão pelas velharias continua.

No sótão da minha Avó encontrei este pratinho.

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Na feira de velharias da Figueira, encontrei outros três pratos iguais.

A história podia ficar por aqui, mas fiquei impressionada com a coincidência e tive de reuni-los.

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Foram três euros que me fizeram regressar a casa com a sensação de ter recuperado qualquer coisa do passado!

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Este pano foi escolhido pela Beatriz.

É bonito e achei que, com dois anos e meio, também era importante chegar a casa com um tesourinho.

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E o envelope para o pão?

Usava-os na escola primária.

Também o trouxe.

Ando a pensar em dar-lhe outra utilidade.

Não sei ainda qual…

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Adivinha quanto eu gosto de ti

Este é um dos livros da Biblioteca que tem feito mais visitas cá a casa, nos últimos tempos.

É um clássico muito explorado no ensino pré-escolar.

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A ilustração terna e harmoniosa é de Anita Jeram e o texto é de Sam McBratney.

A Beatriz tem dois anos e meio e, com esta idade, não sei até que ponto ela consegue reflectir e verbalizar afectos.

Este livro ajuda a falar sobre o amor e sobre as várias camadas do nosso coração.

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E, apesar de só apetecer dar beijinhos durante a leitura, a maior parte das vezes modero-me e conseguimos fazer uma leitura muito divertida: imitamos a lebre mamã e a lebre bebé nos gestos que pretendem medir o tamanho do amor que sentem uma pela outra.

Até que chega a hora das duas mamãs darem muitos beijinhos às suas crias…

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A versão animada do livro existe no filme:


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O Alfaiate Lisboeta

A T é minha amiga, é minha prima e é uma blog hunter.

Tem um talento invulgar para descobrir blogs imperdíveis que eu não conheço e que nunca viria a conhecer na vida.

Em 2009, falou-me do blog O Alfaiate Lisboeta, de José Cabral.

Mais do que no The Sartorialist, neste blog é mesmo provável que apareça uma cara conhecida.

José Cabral fotografa o olhar, o semblante, a beleza que lhe desvia o olhar.

E essa ideia é bonita.

Todos nós já olhámos duas vezes para uma pessoa que passa.

O autor deste blog vai mais longe, guarda o momento e partilha-o connosco.

São também dele as fotografias da campanha lançada pela Câmara Municipal de Lisboa “O meu futuro é Lisboa” e as da campanha do Instituto Português do Sangue (1ª e 2ª imagens, respectivamente).

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E há os textos que muitas vezes acompanham as fotografias e que nos situam: este não é um blog de streetstyle.

Ainda bem!

NB. Todas as fotografias deste post foram registadas pelo Alfaiate Lisboeta.


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Bolachas de Alfazema

Cheiram a alfazema, aos campos quentes do Alentejo e a férias em Estremoz.

Compradas na Mercearia Gadanha.

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Nos tempos em que vivemos, parece que a única motivação (nossa e dos outros) só pode ser o dinheiro.

Essa desconfiança também prevalece nos blogs.

Se se refere uma marca ou um produto, é porque se recebe ou se pretende receber algum benefício.

Muitas vezes, é verdade. Outras não.

E agora sinto um estranho pudor em partilhar as pequenas descobertas que todos nós fazemos e que gostamos de contar aos nossos amigos.

Mas como acho que os colegas da Mara não devem condicionar-me os actos, avanço.


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The Portrait of a Lady

A imagem da mulher vende. Sempre vendeu.

Mesmo quando ainda aparecia vestida…
A forma lenta como esta imagem foi evoluindo, ao longo do século XX, surpreende-me.

Em 1921, era importante usar Palmolive para manter o marido em estado permanente de paixão.

Hoje, há uma fila de cremes, perfumes, champôs e loções que devem dar a volta ao planeta. O objectivo é, mais ou menos, o mesmo.

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Nos anos 30, era importante estar bonita, mesmo depois de um dia de trabalho intenso.

Continua a ser; o local de trabalho é que mudou. E abundam os cereais, os cremes, as vitaminas e as ampolas que nos prometem o mesmo.

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1952: quero acreditar que isto já não existe.

Pelo menos, estamos a fazer o percurso correcto: enquanto sociedade, repudiamos a violência doméstica.

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Em 1961, surpreende-me esta descontracção na divisão de tarefas: Tu cozinhas, eu como e ofereço-te a Bimby!

Na década de 60, muitas das mulheres já trabalhavam fora de casa, mas tudo continuava igual (e continuou/continua  durante muitos anos…).

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Nem todos os anúncios antigos são ternurentos e encantadores…

Tal como hoje, retratam a mentalidade de uma época, incluindo o seu lado sombrio.

Encontrei-os no DailyMail.

Os originais estão no Museu Colecção Berardo até 5 de Janeiro de 2014.


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Fall in love

Se eu vivesse dentro de uma revista de moda, o meu Outono seria assim:

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Com outros dias mais suaves:

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Como, felizmente, não vivo numa página A4, o meu Outono podia ser assim:

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Em versão fim-de-semana:

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Todas estas versões do Outono no blog Honestly… WTF.


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Biblioteca

A Beatriz tinha um ano e meio quando começou a ir regularmente à Biblioteca.

Moveram-me as razões mais nobres, mas também as menos nobres: percebi que não podia oferecer à Beatriz todos os livros que gostaria de comprar.

E arranjámos o saco da Biblioteca e a Beatriz aprendeu muito cedo o significado de “partilhar” e “zelar”.

Brooke Reynolds é mãe de quatro crianças, book designer, e tem o blog inchmark, onde relata as suas impressões acerca dos livros que traz da biblioteca.

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summer3[1] summer6[1]Este livro é da ilustradora Nikki McClure ( não conhecia ).

Para além dos livros, Brooke Reynolds relata os dias e apresenta projectos simples mas muito inspiradores.

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bookmark2[1]heart_boxes1[1]valentine1[1]N.B. Todas as fotografias foram retiradas do blog inchmark.


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Evolução

Encontrámos, na casa de Estremoz, o bule e o açucareiro da trisavó da Beatriz.

E a marca Vista Alegre, discreta, sem designers ou parcerias internacionais, sem produção.

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E agora experimentem carregar aqui.

Para o pior e (raras vezes) para o melhor (o caso VA), os nossos tempos não se coadunam com discrição e sobriedade.

São duas das qualidades que mais estimo.

Hoje, só é visto e ouvido quem grita mais alto e de forma mais (a)berrante.


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Tempo Contado

A T é minha amiga, é minha prima e é uma blog hunter.

Tem um talento invulgar para descobrir blogs imperdíveis que eu não conheço e que nunca viria a conhecer na vida.

Rentes de Carvalho é um dos seus escritores de eleição.

A senhora da fotografia não é a T, mas há muito tempo eu disse-lhe que era.

Faltava-lhe a Ernestina.

Agora já não.

Rentes de Carvalho vive na Holanda desde 1956 e, como alguns escritores do passado, conseguiu o distanciamento e o engenho necessários para ver-nos como somos.

Também faz parte do blog Tempo Contado esse retrato que preferíamos ignorar.

O blog atracou a 1 de Setembro, mas talvez não seja a despedida.

A hora de mudança

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Por ter passado da idade e gostar doutros entreténs, desculpa a todos, mas a televisão que vejo é pouca, em geral ao acaso do almoço no restaurante, onde sabiamente a entronizaram.
Fabriqueta de ilusões e pseudonotícias, trégua para casais desavindos, passatempo dos solitários, deita-se-lhe um olhar e a atenção fugaz regista mais um crime, outro acidente com carros em frangalhos, o assalto ao idoso, o fogo, a inundação.
Repete-se a garfada, mastiga-se, bebe-se um gole. O fogo continua a arder, o idoso a queixar-se, a inundação a subir. Nos minutos de futebol há um recolhimento de fiéis na igreja, que logo diminui à mostra dos políticos a debater no parlamento.
Para mim o momento de adiar a sobremesa. Porque aquilo é teatro, muito mau teatro, com gestos, carantonhas, remoques que num salão de festas poriam a assistência aos urros e às patadas.
Teatro do absurdo, mas por isso mesmo de excepção e valor, pois eles nos representam, neles delegámos. Sem interesse o que gritam, inconsequente o que barafustam, fingidas as raivas, roscofe as concordâncias e oposições, contudo é naquele triste espectáculo que nos deveríamos rever e interrogarmo-nos porque aceitamos ser assim, e porque razão tarda a hora de mudança.

Este post está aqui.

Os  agentes da mudança estão aÍ.

E aqui.

(Um pedido de desculpa à autora da fotografia a quem roubei a identidade: já não consegui localizar a origem nem a protagonista.)


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Handmade by Savanna

A Ciane é baiana, mas vive na Alemanha.
Tem o dom de transformar tudo aquilo em que toca.
Quando lhe lancei o repto Tag: 11 coisas, respondeu de imediato, sem complicações, sem hesitações.
E ainda nos mostrou o atelier!
Roubei-lhe a máquina de costura da minha Bisavó Celeste, mas todo o blog é uma lição de fotografia.
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Gostava que neste nosso rectângulo fôssemos todos mais soltos e descomplexados.

Que fizéssemos realmente aquilo que temos “vontade de”, sem tantos:

“será que devo”, “aquele fez?”, “parece mal”, “e se”, “o que vão pensar?”…

Eu inclusive.

Só assim atingiremos a Liberdade, a verdadeira.

Aquela que só depende de nós e nos guia os actos.

Entretanto, lembrei-me dos Deolinda e do Movimento Perpétuo Associativo.

É mesmo isso.

Este post começou com o Tag: 11 coisas, eu sei, mas já por aqui vai…

Mas continua a ter que ver com a Ciane.