Fazal Elahi [pai] sabia que o infinito não era a maior coisa que existe: o quanto gostava de Salim [filho] era maior do que isso.
Parecia-lhe que, quando o filho lhe abria os braços, dava a dimensão exacta do infinito.
E quando os fechava era um espaço ainda maior: os braços apertados contêm mais infinito do que os braços abertos, que contradição.
Abraços para os dois Pais da minha vida: o meu e o da Beatriz!
E que todos os pais recebam mais do que o infinito!
A citação é de Afonso Cruz: Para onde vão os guarda-chuva.
♥
O Papá respondeu assim:
Ontem a minha filha, que amo mais do que o que cabe no infinito e no finito, até porque o infinito afinal cabe na ideia que dele temos, porque somos capazes de o imaginar, encheu-me as duas mãos de flores amarelas.
E depois abriu-me os braços e a sorrir falou de saudades.
Passei o resto do dia colado a esse maravilhoso ser com que o insondável desígnio do destino me prendou há três anos.
Na realidade a Beatriz é, ela própria, uma flor amarela, e representa o sentido de puro afecto que está na causa e na consequência da vida.
Porque a vida não serve absolutamente para mais nada que não caiba no afecto.
Tudo o resto é um erro, que nos cabe tentar corrigir.
20 de Março de 2014 às 0:41
Ana, que postagem linda! Gostei muito.
Um beijo,
Manoel
20 de Março de 2014 às 12:22
🙂
Um beijo, Manoel!
Ana
20 de Março de 2014 às 12:50
Já não posso abraçar o meu… especialmente depois de amanhã, quando completaria mais um aniversário…
Fico feliz de poder abraçar o pai do(s) meu(s) filho(s)!
20 de Março de 2014 às 13:28
Há datas que nos custam, muito!
Um abraço!
Ana
20 de Março de 2014 às 13:13
Que texto mais maravilhoso! Ah, que saudades do meu pai…Beijo
21 de Março de 2014 às 10:46
Este texto tocou fundo. 😉
21 de Março de 2014 às 21:08
Fico feliz!
🙂
21 de Março de 2014 às 15:36
Ana, eu uso-me* do teu blog como uma espécie de chocolate para a alma. É inspirador. Este e muitos outros posts. Obrigada 🙂
*perdoem-me a expressão
21 de Março de 2014 às 21:08
Adoro chocolate 🙂
Hoje todo o meu dia foi “Não”; até agora.
Obrigada!
Um abraço!
Ana
21 de Março de 2014 às 16:14
Este post é muito bonito! E gostei deste blog 🙂
margarida
25 de Março de 2014 às 13:37
🙂 Obrigada!