Quando a Beatriz nasceu, acordava a meio da noite e acendia a luz só para contemplar as minúsculas narinas ou a forma das sobrancelhas ou as curvaturas das orelhitas.
Chegou o Verão, a Beatriz fez seis meses, e eu fiquei encantada com os cotovelos.
Fui passando pelas unhitas dos pés, pelos nós dos dedos das mãos, pelo desenho da boca, pelos dentes incisivos, pelos pulsos, …
E demoro-me a olhá-la todas as noites antes de apagar a luz.
Agora, anseio pelo Verão, porque a minha última fixação são os joelhos.
Trouxe a adoração de outra Mãe, porque neste momento os joelhos da Beatriz são um tesouro que não consigo partilhar.
Em relação a esta e muitas outras adorações, dúvidas, receios, insatisfações e frustrações (às vezes quase diárias: todas!), tenho-me focado nesta lição e nos textos da Mãe destes joelhinhos.
Porque, apesar de toda a felicidade, há dias difíceis!
11 de Abril de 2014 às 21:34
Ana, muito bom ler isso. E viva a Beatriz!
Um beijo,
Manoel
12 de Abril de 2014 às 18:00
Viva!
🙂
11 de Abril de 2014 às 22:11
De adoração em adoração, tenho a dizer que este blog a cada dia me conquista mais, já o mostrei a pessoas amigas que partilham da minha opinião sobre tudo o que ele transmite: serenidade, honestidade, introspeção séria e bem escrita à volta de muitas reflexões que a vida nos coloca ! bom fim de semana. para a Beatriz também, incluindo os seus joelhos. 🙂
12 de Abril de 2014 às 18:02
Que bem que me fez ler estas palavras!
Obrigada!
Hoje, finalmente, parei e já enchi a Beatriz de beijinhos, incluindo os joelhos 🙂
Um abraço!
Bom fim-de-semana!
Ana
11 de Abril de 2014 às 22:34
Olá Ana. A minha pequenota já está grande e eu ainda hoje me embeveço a olhá-la e ainda a alguns minutos atrás dei por mim a contemplar este meu amor gigante. Felicidades!
12 de Abril de 2014 às 18:03
É mesmo um amor gigante 🙂
Felicidades para as duas!
Ana
12 de Abril de 2014 às 22:50
é mesmo assim.
13 de Abril de 2014 às 8:22
Tão bonitas as tuas palavras e o blog que partilhaste. Como mãe, também passo muito tempo a contemplar os pormenores das minhas meninas. (Sorri ao ler o teu artigo, porque ainda ontem, ao experimentar umas sandálias novas à mais velha, dei por mim a pensar que pezinhos tão perfeitinhos! eheheh coisas de mãe!) Beijinhos e bom domingo!
20 de Abril de 2014 às 1:10
E devem ser perfeitinhos, pois claro 🙂
13 de Abril de 2014 às 11:41
É lindo ver um amor destes. Até fico emocionada. 🙂
13 de Abril de 2014 às 14:19
Oi, Ana, é bom demais admirar os pequenos, é um amor louco. Acho que temos que curti-los o máximo que pudermos e em todos os detalhes, porque essa fase enquanto são pequeninhos realmente passa muito rápido. Mas, depois que crescem, também os admiramos, só que reparamos em outros detalhes. Ontem mesmo me peguei fitando minha filha mais velha, de 23 anos, e é maravilhoso! E sim, apesar de todas as dificuldades e dias bem difíceis… beijo
13 de Abril de 2014 às 16:08
Que post lindo. Acho que adoração é mesmo a palavra que melhor descreve o que fazemos com estes detalhes dos nossos filhos. E tal como tu também adoro olhar para o meu demoradamente quando o deito. Isso e quando vou ao quarto dele de noite, antes de me deitar. Ele fica tão perfeito, tão meigo a dormir. Só me apetece pegar nele ao colo e dar-lhe mimo!
margarida
17 de Abril de 2014 às 15:34
Fiquei a imaginar todos esses movimentos e lembrar-me de coisas minhas. Minha mãe tinha um diário onde anotava suas coisas e depois de algum tempo eu o li. Foi assim que descobri a mim mesma. Minha primeira palavra, passo, livro e todas as descobertas silenciosas porque durante algum tempo não existimos, apenas estamos lá para os outros. rs
bacio