Depois de sermos pais, percebemos que todos os nossos actos são fundamentais:
não só para o equilíbrio do Universo mas, sobretudo, para o nosso novo Universo: aquele desenho animado 3D que corre, canta e espalha alegria.

Tudo o que fazemos é observado e interiorizado.
Nós somos o Exemplo a seguir.
Pela observação, as crianças definem o carácter; a abertura de espírito; a criação de bons hábitos; o espírito positivo perante a vida; desenvolvem a rectidão e delineiam o caminho para a Felicidade.
Os nossos actos são imitados de forma acrítica, o que é uma enorme responsabilidade.
Também por esse facto, depois de ser mãe, penso que me tornei uma melhor pessoa, ou pelo menos, a necessidade de tornar-me melhor pessoa cresceu em mim.

E fiquei mais definida:
apesar de vivermos num mundo neoliberal (para ser optimista…), a vida não é uma sucessão de sucessos e fracassos;
é um processo, um caminho de auto-descoberta e aperfeiçoamento que se quer, na medida do possível, tranquilo e coerente.
A Beatriz não tem de ser a melhor; mas tem de estar feliz.
É essa a missão que abracei há quase quatro anos.
A vida não se mede a partir das vitórias quantitativas e materiais; mas dos estados de felicidade que acumulamos.
Acredito que os afectos, a reflexão e a Arte nos podem ajudar nesse caminho.
E é o que transmito à Beatriz.
É o que ela pode guardar da Mãe dentro das suas mãozinhas.

O resto descobrirá por ela.
Sempre com os Pais por perto!
Ilustração de Emily Apple, do blog Inside a Black Apple.
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