Depois de sermos pais, percebemos que todos os nossos actos são fundamentais:
não só para o equilíbrio do Universo mas, sobretudo, para o nosso novo Universo: aquele desenho animado 3D que corre, canta e espalha alegria.
Tudo o que fazemos é observado e interiorizado.
Nós somos o Exemplo a seguir.
Pela observação, as crianças definem o carácter; a abertura de espírito; a criação de bons hábitos; o espírito positivo perante a vida; desenvolvem a rectidão e delineiam o caminho para a Felicidade.
Os nossos actos são imitados de forma acrítica, o que é uma enorme responsabilidade.
Também por esse facto, depois de ser mãe, penso que me tornei uma melhor pessoa, ou pelo menos, a necessidade de tornar-me melhor pessoa cresceu em mim.
E fiquei mais definida:
apesar de vivermos num mundo neoliberal (para ser optimista…), a vida não é uma sucessão de sucessos e fracassos;
é um processo, um caminho de auto-descoberta e aperfeiçoamento que se quer, na medida do possível, tranquilo e coerente.
A Beatriz não tem de ser a melhor; mas tem de estar feliz.
É essa a missão que abracei há quase quatro anos.
A vida não se mede a partir das vitórias quantitativas e materiais; mas dos estados de felicidade que acumulamos.
Acredito que os afectos, a reflexão e a Arte nos podem ajudar nesse caminho.
E é o que transmito à Beatriz.
É o que ela pode guardar da Mãe dentro das suas mãozinhas.
O resto descobrirá por ela.
Sempre com os Pais por perto!
Ilustração de Emily Apple, do blog Inside a Black Apple.
9 de Janeiro de 2015 às 14:07
❤ "A Beatriz não tem de ser a melhor; mas tem de estar feliz." Não podia estar mais de acordo, penso o mesmo em relação às minhas filhas. Beijinho
9 de Janeiro de 2015 às 17:34
Já sabia, Joana 🙂
Um abraço!
Ana
9 de Janeiro de 2015 às 17:00
Olá Ana,
sim, saber os filhos felizes é dos melhores sentimentos do mundo. Ultimamente, tenho também ambições noutro sentido, porque a vida a isso obriga, mesmo para os mais pequeninos: ensinar-lhes a capacidade de resiliência.
Um abraço de bom ano para ti e para os que carregas no peito.
Guida
9 de Janeiro de 2015 às 17:34
Também tenho andado com essa preocupação…
9 de Janeiro de 2015 às 19:18
Olá , Ana !
Muito bonito !
Todo este conjunto de valores,essa tua “forma de estar” e de ser mãe, é o mais importante na formação da personalidade de uma criança. Concordo e subscrevo a 100% ! 😉
A Beatriz, só pode ser uma menina feliz !
Esse processo de identificação é muito importante…tão boas recordações,exemplos de vida, que me foram sempre transmitidos pelos meus pais!
É mesmo – ” A Beatriz não tem de ser a melhor; mas tem de estar feliz. “,por isso valorizo muito os teus posts, em que nos contas tantas coisas simples ” do dia a dia ” e que afinal são experiências muito importantes :passeios, pintar uma divisão,fazer um bolo,plantar e colher,fazer um doce,fazer o presépio,ir a uma feira,etc. Viver !
Vivências tão simples e tão/mais importantes como ser muito bom aluno nisto e naquilo.
Parabéns,Ana !
Olha e um bom fim -de-semana !
Beijo,
José
9 de Janeiro de 2015 às 22:06
Ola, José!
Ainda bem que te identificas com esta forma de estar na vida: não é assim tão consensual quanto pode parecer…
E é bom começar o fim-de-semana com as tuas palavras!
Um beijo e bom fim-de-semana com muitos momentos felizes!
Ana
10 de Janeiro de 2015 às 22:13
Sem dúvida, educar para a felicidade é o melhor caminho. O resto, eles encontram sozinhos. Parece simples 🙂 Mas não é!
12 de Janeiro de 2015 às 17:35
Acabas-te de resumir aquilo que eu quero ser quando for mãe. A propósito do estar bem e de educar para a felicidade li esta entrevista sobre processos de aprendizagem para um curso que estou a fazer: http://onedublin.org/2012/06/19/stanford-universitys-carol-dweck-on-the-growth-mindset-and-education/ Educar assim só trás benefícios. Fico com o coração quente por saber que já existe uma criança a caminhar para ser um adulto feliz. 🙂 Beijinhos