Foi um Verão de histórias e descobertas.
Partilhadas.
Andámos por várias bibliotecas e conseguimos vários livros novos todas as semanas.
O Grande Voo do Pardal foi o grande voo da Beatriz para narrativas mais extensas e complexas.
Eu descobri os livros infantis de Lídia Jorge e redescobri o prazer literário do conto.
O protagonista Henrique Gaspar descobriu que uma casa perfeita, um jardim perfeito, um sofá Divani perfeito não preenchem uma vida.
E descobriu que um coração não se preenche se não se partilhar a vida com outro ser: nem que seja um ser aparentemente com “penas enxovalhadas, cinzento encardido […] irrequieto, glutão, atrevido”.
Antes de afastar o “montinho de penas”, invasor do jardim perfeito, com um “piparote” sente um baque no coração:
“Uma perna só! Oh! Pobre pardalinho!”
O Perna Só instala-se na casa perfeita e as lições sucedem-se para Henrique Galvão.
Valores como compaixão, altruísmo, amizade e liberdade perpassam o livro.
As ilustrações de Inês de Oliveira revelam esses valores de forma extraordinária: não me canso de apreciar as ilustrações.
A Beatriz, na véspera da devolução do livro, pediu-me para o comprar.
Eu só precisava de uma desculpa para voltar às compras dos livros infantis, mas penso que será muito lido por nós e um excelente mote para discutir questões profundas que a Beatriz ainda não tem capacidade para problematizar.
Editora: D.Quixote.
14 de Setembro de 2015 às 8:24
Tão bonito, Ana. 🙂 Um verdadeiro tesouro para ambas partilharem. beijinhos e boa semana!
16 de Setembro de 2015 às 21:47
Essa fase de leitura com os pequenos é mágica, aprendemos um monte! E depois de passado algum tempo, é um novo aprendizado que o ato de reler nos dá de presente. Vamos aproveitar bastante 🙂 Beijo
17 de Setembro de 2015 às 13:36
Viajei ao lembrar dos meus primeiros livros e da evolução natural da minha leitura. Obviamente não notada naqueles dias, mas nesse hoje que me sustenta. Bacio
17 de Setembro de 2015 às 14:31
Para quem vive com os livros, são sempre viagens com as mais belas recordações, por vezes só notadas “nesse hoje que nos sustenta” (tão bem dito, Lunna!!!).
Bacio, Lunna!
21 de Setembro de 2015 às 10:26
Não conhecia este da Lídia Jorge. Gosto muito dela. Mas fico tão contente por saber que a Beatriz gosta de livros. 🙂
21 de Setembro de 2015 às 14:23
Eu também não conhecia!
E gostei/gostámos muito 🙂