Li aqui que, em todo o mundo, apenas 19% dos cargos de administração são ocupados por mulheres.
Em Portugal são 29%.
No nosso país, uma mulher, num quadro superior, ganha 1723 euros; um homem ganha 2520.
Como é que é possível?
Estamos em 39ºlugar no raking mundial dos países mais igualitários, atrás do Ruanda, Filipinas, África do Sul!
Fiquei surpreendida!
Em primeiro lugar está a Islândia, a Finlândia, Noruega e Suécia.
Sem surpresas…
Os valores transmitidos pelos media e perpassados de pais para filhos têm uma grande responsabilidade na sociedade que temos e na que queremos.
Quando temos uma menina connosco, ansiamos mesmo por um futuro diferente.
Mas quando temos um menino, o trabalho não pode ser menor.
Se são importantes os filmes que vemos com as nossas filhas, não é menos importante o que vemos/falamos com os filhos.
Um dos amiguinhos da Beatriz disse-me que nunca tinha visto a Brave, nem queria ver, porque era filme de menina.
Fiquei admirada:
seleccionar ou rejeitar um filme apenas tendo em conta o sexo do/a protagonista é arrepiante.
De onde vem o preconceito de um menino de 5 anos?
Dos adultos!
Ontem vimos Mulan: uma protagonista, rapariga, à procura de si própria, na época da China Imperial.
Para meninos e para meninas!
Tal como estes!
28 de Setembro de 2015 às 23:19
Gostei muito deste post, Ana e concordo inteiramente. Aqui por casa temos muitos filmes de meninas valentes como o Brave e o Mulan, mas gosto muito deste último em particular. Beijinhos
29 de Setembro de 2015 às 16:30
Só o vimos há pouco tempo e também gostei muito; sabes se é habitual os meninos verem este filme?
29 de Setembro de 2015 às 15:49
Outro dia alguém me falou “fico impressionada com o machismo na sociedade” e eu disse não sei o motivo de sua surpresa, afinal, somos nós as inventoras disso. A criatura esbravejou. Depois que ela parou seu discurso insosso, perguntei “quem é que diz ao filho para não chorar que isso é coisa de menina? Quem é que diz ao filho não aceitar ordens de mulher porque filho dela deve ser macho?” A pessoa gaguejou e voltou ao seu discurso. A partir disso, muita coisa se explica e se orienta naturalmente. Inclusive um garoto de cinco anos recusar um filme porque a protagonista é uma menina-mulher. Somos nós. Sempre nos. Os adultos. Mas talvez amanhã…. rs
29 de Setembro de 2015 às 16:33
Concordo inteiramente, Lunna.
Comentários irreflectidos e constantemente repetidos têm consequências na mentalidade de quem ainda está a descobrir o mundo, muitas vezes através dos olhos dos adultos…