– Como é viver no Alentejo?
Um exemplo bem prosaico:
- não se sai de casa de sapatilhas/havaianas, camisolão e cara lavada – o que exigiu adaptação por parte de quem nasceu perto da praia.
Já tentei ignorar esta premissa, mas a última vez que o fiz, só para ir ali num instante, entrei em casa a dizer:
– Tinhas razão!
O comentário espontâneo, mas pouco simpático, da vizinha ainda suportei, mas o cartão de visita que um senhor nas Finanças insistiu em dar-me ultrapassou os meus limites.
Nem que seja para ir ao pão, a alentejana sai sempre com um ar composto… quer seja à Segunda-feira, quer seja ao Domingo de manhã.
Uma excelente desculpa para ir às compras!
Peças em namoro no Free People, uma loja gira gira de que a minha prima me falou!
2 de Novembro de 2015 às 23:01
Olá Ana !
E no que toca aos alentejanos ( homens ) ?
Como ?
…” cartão de visita que um senhor nas Finanças insistiu em dar-me “…
Essa agora !
Desculpa lá, mas já me ri !
O homem das finanças ?
Compras e mais compras !
Boa semana !
Beijo,
José
3 de Novembro de 2015 às 11:50
Olá José!
Também eu me ri, depois do choque inicial… mas aprendi a lição: descontração q.b.
Os senhores também cuidam da sua imagem-. ainda há alguns que andam de chapéu – o meu Tio – mas são a excepção.
Claro que os jovens são mais descontraídos, mas eu vivo na zona velha da cidade.
Olha, vou às compras a Badajoz 😉
Beijinhos,
Ana
2 de Novembro de 2015 às 23:39
Isso não pode ser generalizado para todo o Alentejo. As minhas melhores memórias do ano em que morei e trabalhei em Évora prendem-se com a descontração com que se podia sair à rua ou ir trabalhar – havia havaianas, calças largonas, homens em tronco nu ao computador (em Julho, vá!)… vi de tudo!
3 de Novembro de 2015 às 11:42
Olá Raquel:
As generalizações são sempre imprecisas…
Évora é a cidade do alentejo interior: universitária, jovem e turística – o que se vive em Évora não pode ser transposto para cidades de interior bem mais pequenas e envelhecidas, como Elvas, Estremoz ou Portalegre (infelizmente).
Ainda assim, esta é a minha percepção de um cuidado com a aparência que é constante e não necessariamente negativo… sendo uma visão pessoal, é discutível 😉
Por aqui, de facto, não vejo “de tudo”!
Um abraço,
Ana
4 de Novembro de 2015 às 11:35
Olá! Uiii. Estremoz é muito fino! Já lá vivi e não me apercebi disso, mas digo que aqui por Avis é que era preciso mais compostura para ir ao pão… que aqui a moda é: roupão e pantufa! Bah! Detesto! Descontracção quanto baste! Chinelo havaiana sim, pantufa não! Inês
4 de Novembro de 2015 às 12:45
Olá Inês!
Temos experiências idênticas: também já vivi em Avis numa torre muito romântica:
https://frascodememorias.wordpress.com/2013/10/21/a-casa-da-actriz/
Avis é muito rural e isolado; de facto, de roupão também é exagero!
Descontração q.b. – a nossa casa é a nossa casa, não é a rua…
Estremoz exagera pela formalidade: convém dizer que eu vivo na zona antiga da cidade, uma zona envelhecida e muito convencional. Mas gosto dos meus vizinhos, apesar destas idiossincrasias!
Um abraço,
Ana
4 de Novembro de 2015 às 13:10
Que giro. Conheço bem o local, mesmo perto da minha casa. Um sítio romântico! E também eu vivi na zona antiga de Estremoz, na chamada “Ilha Brava”, mas gostei bastante de aí viver, mas trabalhava em Borba. Depois rumei a Avis para trabalhar e finalmente viver. As minhas filhas nasceram aqui, mas também venho de longe, da costa, do chinelo junto ao mar. Os meus avós são do Oeste, viviam literalmente em cima do mar e vivi a minha juventude em Carcavelos. Gosto do blog. Continua!
Inês
4 de Novembro de 2015 às 14:08
Muitas coincidências, Inês 🙂
O mar cola-se à nossa pele!
Eu tenho aprendido a viver no Alentejo!
Obrigada pelas palavras 😉
Ana
5 de Novembro de 2015 às 13:25
Muito bom
15 de Novembro de 2015 às 14:31
A desculpa é boa mesmo, adorei a loja! Por aqui também sempre precisamos andar nos “trinques” até mesmo para ir à esquina. Por isso sempre priorizo vestidos em meu guarda-roupas, permitem parecer um pouco mais ajeitada mesmo acompanhado por um par de havaianas ( que no verão não tiro dos pés, até mesmo para ir a reuniões ). Beijo
15 de Novembro de 2015 às 14:44
Também adoro vestidos: uma forma simples e prática de ficar vestida e “ajeitada”!
Beijinhos, Helka!