“Le souvenir est le parfum de l´âme” – (George Sand).


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Cidadão não praticante

Acordar às 6:30h tem destruído a minha capacidade de leitura nocturna…

Tal como os cidadãos de A Máquina de fazer espanhóis, de valter hugo mãe, ando uma leitora não praticante.

livro carimbado Branquinha

“pudéssemos todos ser assim, convictos, sem orgulhos parvos, apenas a determinação de quem aceita ser daqui [Portugal] e edificar com essa raiz a sua vida. somos um país de cidadãos não praticantes. ainda somos um país de gente que se abstém. como os que dizem que são católicos mas não fazem nada do que um católico tem para fazer, não comungam, não rezam e não param de pecar, ó senhor silva, dizia-me o silva da europa […]

a ignorância é que nos pacifica. a paz está toda metida na ignorância, pronta para levar as pessoas à felicidade. e isto era a receita do regime. igualzinho. hoje podemos ver mas não há quem queira ver. temos um povo que compra o jornal para ler as futilidades, e compra ainda mais as revistas de alcoviteiras, e nem sequer entenderia notícias diferentes. isto não mudou assim tanto, caros amigos, apenas falta a vergonha, que antigamente havia vergonha, e agora devem estar a tirá-la dos dicionários.”

Há dias em que concordo com o silva da europa e, pelos vistos, a minha gatinha também!

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Para sempre

As nossas mãos

5 anos é uma mão cheia!

Uma mão cheia que enche as minhas mãos.

Mãos que envolvem as tuas.

Mãos pequeninas que podem tanto e aquecem e preenchem e apaziguam o meu coração.

Há 5 anos!

Mãos que ficarão presas nas tuas.

Para sempre.

Mãos enrugadas, ossudas e torcidas que irão escutar os teus medos e inseguranças e fraquezas

e as tuas façanhas e conquistas e alegrias!

Não sempre, porque as tuas hão-de juntar-se e voar alto, mas para sempre!

5 anos!


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Salame de alfarroba

A Dina é Mãe do meu querido … sobrinho-neto (!!!) e pediu-me para partilhar algumas receitas.

Fiquei atrapalhada, porque me sinto uma principiante perante a minha família do Alentejo.

Quer dizer, exceptuando as compotas, as bolachas as granolas não alcanço muito crédito na cozinha.

Talvez sejam inseguranças de quem não sabe fazer um bom cabrito assado ou umas migas alentejanas…

Desta vez, fui para casa da Dina aprender a fazer o seu delicioso salame de alfarroba.

salame de alfarroba fatia

Para mim, que não sou fã número 1 de salame de chocolate, este salame é uma opção muito mais leve e sem enjoos.

Para além de ter sido uma tarde muito bem passada – eu adoro vasculhar as cozinhas das outras pessoas e perguntar acerca de tudo – experimentei um robot de cozinha que me tentou… e conversámos, conversámos,…

Ingredientes:

160g bolacha Maria

1 ovo grande (ou 1 ovo normal e 1 clara)

90g de açúcar louro

100g de manteiga

50g de farinha de alfarroba

1 colher de chá de canela

  • Partir as bolachas. Reservar.
bolachas partidas
  • Juntar o ovo, o açúcar, a manteiga, a alfarroba e a canela e colocar na máquina 3 minutos, a 70ºC, na velocidade 1.
açúcar e manteigaprogramando o robot
  • Juntar as bolachas e programar 1 minuto, à velocidade 1 1/2.
  • Mexer com a espátula.
  • Colocar o preparado no papel vegetal e formar um rolo bem apertado.
enrolando o salame
  • Fica no frigorífico até endurecer.

salame de alfarroba

Para mim, resulta melhor como parte de um lanche guloso do que como sobremesa!

E para que conste estou absolutamente disponível para frequentar cozinhas alheias…

 

 


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Fadas

Acredito que no meu quintal vivem fadas.

Passam rápidas e esvoaçantes, mas sei que quando ouço um estalido ou as folhas das árvores rumorejam são elas que estão na sua mais importante missão.

Às vezes, só às vezes, quando a lua incha no céu, eu dou-lhes uma ajuda.

fada dos quintais

Nos outros dias, o quintal é delas!

E eu penduro as asas e conduzo até ao meu trabalho, onde sorrio para os humanos e deixo-os pensar que sou um deles…

 


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Metáfora verde

Os cactos não são bem-vindos no meu quintal.

Resistem às intempéries exteriores, é verdade.

Altivos e imunes, mas sem se deixarem tocar.

Já as suculentas ensinam-me os segredos da vida:

muito resistentes, brilhantes, mas macias e agradáveis ao toque.

Com sorte, algumas, como o agave, têm no interior um xarope mais doce (e saudável) do que o açúcar.

agave

Ser resistente mas doce, como as suculentas!

plantas transplantadas no crescente

Surpresas inesperadas do Inverno?

Morangos!

morangos em janeiro

E os jacintos: belos mas tão fugazes!

bolbos em janeiro

Concretiza-se o título de qualquer livro de jardinagem: “aprender com as plantas”.