Cito de memória um testemunho de um militar do filme Human:
“A partir do momento em que cruzámos o olhar, deixei de vê-lo como inimigo, vi medo e vi um ser humano… e eu ia matar um ser humano. Foi transformador. ”
São tantos os depoimentos!
Intensos, generosos, perturbadores (e perturbados), lúcidos e muito humanos!
Somos nós: o melhor e o pior de nós.
A nossa essência cheia de poesia, amor, beleza mas também raiva, violência e ódio.
O que é que faz de nós Humanos?
Será que tentamos todos os dias ser a nossa melhor versão?
Será que andamos a honrar a capacidade excepcional que nos foi dada, a Razão?
São muitos depoimentos que nos falam de Amor, da condição da Mullher, de Pobreza, de Família, de Identidade e Verdade, de Ódio e Violência.
Olhos nos olhos.
Falta-me ver o volume 3: hoje será o dia!
“I am one man among seven billion others. For the past 40 years, I have been photographing our planet and its human diversity, and I have the feeling that humanity is not making any progress. We can’t always manage to live together.
Why is that?
I didn’t look for an answer in statistics or analysis, but in man himself.”
Yann Arthus-Bertrand
29 de Novembro de 2016 às 20:34
Muito obrigada pela partilha! Sei que vai dar num qualquer canal de televisão mas não fui capaz de fixar qual. Vou começar a ver amanhã.
30 de Novembro de 2016 às 17:28
Penso que já deu na RTP1. Vale mesmo a pena ver!
4 de Dezembro de 2016 às 20:38
Parei ali na primeira pergunta… há pouco, fazia feira no bairro quando ouvi uma mãe gritar com sua filha. Estava a usá-la para conseguir algumas moedas e ao se aproximar de mim para solicitar a esmola, ralhou de maneira abrupta com a menina, que lhe pedia um pastel.
Um senhor ao meu lado, conduziu a menina até a uma barraca e lhe pagou um pastel que a mãe, arredia, fez ir ao chão com um tapa. Todos nós respiramos fundo, naquela contagem até dez. Não era necessária aquela brutalidade.
Ela disse do alto de sua sabedoria-humana ‘ela não pode ter tudo que quer’. Pois é, não pode. Mas está em idade escolar e não frequenta escola. Não sabe escrever o próprio nome, nem mesmo conhece o alfabeto. É arrastada pela mãe pelas ruas para compadecer os adultos. A mãe confessou depois da revolta que ganha pouco mais de oitenta reais/dia. E que outros dois meninos.
E eu fiquei a me perguntar: será que nos limitamos a isso?
bacio
5 de Dezembro de 2016 às 11:45
É a pergunta que fica a girar na cabeça, Lunna!
Quantas histórias dessas acontecem diariamente!?
A miséria (material e espiritual) deixa-nos um sabor a impotência que desalenta. Às vezes perco a fé em nós, humanos!