“Le souvenir est le parfum de l´âme” – (George Sand).


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Famous

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A Carmen é minha amiga e é muito bonita.

Para além disso, é a responsável pela entrada do baton vermelho na minha vida, a par de algumas reflexões que provocaram mudanças bem mais importantes do que esta…

Pedi-lhe para seleccionar imagens inspiradoras para esta quadra festiva.

Ora vejam:

 

vestido de gala

flores no cabelo

Golden Lady?

Happily Grey dress

Vestido prateado

Silver Lady?

Uma conta do Instagram a seguir: Mary Seng.

 

 

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Semi-amargo

Final de Dezembro – semana de balanços.

2016 não vai deixar-me saudades.

Foi um ano de decisões, de higienizações pessoais, de catarses, de definições.

Por esses motivos, do ponto de vista pessoal, foi um ano duro.

Mas foi um ano de aprendizagem, de crescimento, de perder medos…

Foi mais um passo para me aproximar da pessoa que eu quero, de facto, ser.

eu-em-viagem

Continuo este trilho de encontrar a melhor versão de mim.

Com percalços, hesitações e, ultimamente, muitas rabugices.

Mais segura mas muito mais intransigente, reconheço, para o que é disparatado/absurdo ou revelador de má-fé ou mesquinhez.

O meu corpo diz que nasceu há 40 anos e os vidros reflectem-no.

No entanto, na maior parte dos dias ainda aqui anda a miúda que se deslumbra facilmente com o que os outros escrevem, dizem, cantam, sentem.

Votos de um 2017… cheio de deslumbramentos!

Que nunca percamos essa capacidade!


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Desejos

Foi por esta altura, há 2000 anos que as estrelas alteraram a sua rota!

Ganharam poderes, rebrilharam, comunicaram com os homens e anunciaram o Salvador.

O meu desafio para esta época consiste em olharmos de novo para as estrelas;

quem sabe não encontraremos um sinal que nos oriente e salve…

ou pelo menos que ajude a concretizar os nossos desejos mais íntimos!

bolachas-de-cacau-e-gengibre

Que sejam estrelas promissoras e cheias de doçura!

Estas da imagem são Bolachas de Cacau e Gengibre!

300g de farinha de trigo

100g de farinha de trigo integral

1 colher de café de bicarbonato de sódio

2 colheres de chá de gengibre em pó (ou 1 de gengibre ralado muito finamente)

1 colher de chá de canela

1/4 colher de chá de noz moscada

1/4 colher de chá de cravinho

1 colher de café de flor de sal

100g de manteiga sem sal + 2 colher de sopa de manteiga de amendoim ou 2 colheres de sopa de azeite

100g de chocolate derretido (80%cacau; hei-de experimentar com 99%)

100g açúcar mascavado

2/3 de uma caneca de mel

1 ovo grande batido

1-Bater a manteiga com o açúcar até obter uma mistura esbranquiçada.

2- Juntar o chocolate, o ovo, o mel e continuar a bater.

3- Adicionar gradualmente a mistura (prévia) das farinhas, sal, bicarbonato e especiarias.

4-Levar ao frigorífico 2 horas ou toda a noite.

5- Moldar e levar ao forno aquecido previamente a 180ºC durante 8-10 minutos.

São um perigo!

Faço sempre a receita a dobrar!

Desta vez, fiz a quadruplicar porque são o presente de Natal de muitas pessoas que nos são queridas:

para mim, é importante transformar os afectos em gestos concretos e oferecer algo que demorou tempo a fazer.

Enquanto amassamos e tendemos a massa pensamos nas pessoas de quem gostamos, revivemos os motivos pelas quais estão no nosso coração e paramos para “olhar” para elas.

As bolachas saem do forno e as memórias  das nossas queridas pessoas ficam perfumadas!

Experimentem!

Feliz Natal!

Muito perfumado!

Votos de muita sorte na observação das estrelas!

 


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Bolachas de centeio, nozes e mirtilos

Nós adoramos bolachas, muito!

Estas são a nossa última versão, com muito sucesso cá em casa.

300g de farinha sem fermento

100g de farinha integral

1 colher de chá rasa de bicarbonato de sódio

1 colher de chá rasa de fermento em pó

1 colher de sal de flor de sal (faz diferença)

200g de açúcar mascavado escuro

100g de açúcar amarelo

200g de manteiga sem sal

2 ovos ligeiramente batidos

1 colher de chá de essência de baunilha

2 colheres de sopa de leite

220g de flocos de centeio integrais

100g de mirtilos

100g de nozes

100g de chocolate preto, 85% cacau

1- Bater os açúcares e a manteiga até formar um creme.

2- Adicionar, muito lentamente, os ovos, a baunilha e o leite, batendo sempre até obter um creme liso.

3- Misturar a farinha, o bicarbonato, o fermento e a flor de sal, previamente misturados e peneirados, e mexer bem.

4- Juntar os flocos e os mirtilos.

5- Com uma colher de sopa, espalhar uma pequena quantidade de massa num tabuleiro forrado com papel vegetal.

6- Espalmar bem cada colher de massa e decorar com nozes e/ou pedacinhos de cacau. (Quanto mais finas ficarem, mais estaladiças!)

7- Deixar 5cm de distância entre cada bolacha.

8- Levar ao forno previamente aquecido a 180ºC e vigiar durante 10 minutos.

Esta quantidade de ingredientes dá, aproximadamente, 45/50 bolachas de tamanho regular.

bolachas-de-centeio-e-mirtilos

Se entrarem em versão Monstro das Bolachas, serão menos…

bolacha-gigante-de-centeio-mirtilo-e-cacau


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Defeitos

Casas velhas são amor para sempre.

Gosto tanto daquele ar envelhecido de quem atravessou gerações e tempestades;

aprecio mesmo as cicatrizes e as marcas de todas as pessoas que lá viveram.

Pode ser uma parede estragada ou uma porta arrancada ou uma fissura (que tal pintá-la de azul?).

Adorei esta casa da decoradora Isabel López-Quesada que encontrei no Home&Garden.

mesa-antiga-home-e-garden

cozinha-com-parede-antiga-home-garden

cozinha-antiga-home-garden

 

sala-antiga-home-e-garden

cadeira-velha-home-garden

porta-antiga-home-garden

wc-antigo-home-garden

E o meu favorito: o quarto!

quarto-com-parede-antiga-home-garden

Aqui em casa, chamaram-me a atenção para o facto das imperfeições serem contextualizadas num ambiente estudado e … perfeito.

Não é por acaso que esta casa pertence a uma arquitecta e decoradora… é verdade.

Mas eu até seria feliz no quartinho que se segue…

Podia era não ter companhia…

delta-breezes-quarto

Só mesmo para apreciadores, reconheço.

Esta última imagem veio da Delta Breezes.

 


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Viver poeticamente

Por razões profissionais, releio, ininterruptamente, Pessoa.

Leio, releio, páro em cada verso, analiso e reflito acerca de diferentes concepções de vida (definidas por cada heterónimo) e questiono-me.

luci-gutierrez-introvertido

 

Apesar da leitura sistemática fazer parte do meu trabalho, da “prosa da vida”, fico feliz quando esta coincide, literal e metaforicamente, com a “poesia da vida”.

Edgar Morin explica muito bem a diferença entre a prosa da vida e a poesia da vida e como elas nos proporcionam (ou não) Felicidade:

“O verdadeiro problema não é a felicidade – é a questão que faço a mim próprio, porque a felicidade é algo que depende de uma multiplicidade de condições. Eu diria que o que causa a felicidade é frágil.

Para mim, o problema da felicidade é subordinado àquilo que chamo de  ‘o problema da poesia da vida’.

Ou seja, a vida, a meu ver, é polarizada entre a prosa – as coisas que fazermos por obrigação e não nos interessam para sobreviver.

E  a poesia – o que nos faz florescer, o que nos faz amar, comunicar. E é isso que é importante. 

Então, eu digo que o verdadeiro problema  não é a felicidade. Porque a felicidade é algo que depende de uma multiplicidade de condições e eu diria mesmo que o que causa a felicidade é frágil, porque, por exemplo, no amor de uma pessoa, se essa pessoa morre ou vai embora, cai-se da felicidade à infelicidade.

[…] Em outras palavras, não se pode sonhar com uma felicidade contínua para a humanidade. É impossível, porque a felicidade, repito, depende de uma soma de condições. Então, por outro lado, o que se pode dizer? Pode-se tentar favorecer tudo o que permita a cada um viver poeticamente a sua vida e, se você vive poeticamente, você encontra momentos de felicidade, momentos de êxtase, momento de alegria e, na minha opinião, é isso”.

Na minha também!

Vídeo de Edgar Morin.

 

Texto aqui

Imagem de Luci Gutiérrez.

Weird

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hwtf frase

No meio de tantas rotinas, deveres, obrigações, expectativas, fica um sufoco, uma vontade de gritar Álvaro de Campos:

 ” […]

Não me macem, por amor de Deus!

 

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?

Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?

Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.

Assim, como sou, tenham paciência!

Vão para o diabo sem mim,

Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!

Para que havemos de ir juntos?

 

Não me peguem no braço!

Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.

Já disse que sou sozinho!

Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia! […]”

LISBON REVISITED   (1923)

 

Com Álvaro de Campos na cabeça, mas com as obrigações profissionais e domésticas à espera, com as contas por pagar que me impedem de abrandar o ritmo…

Extravaso a rebeldia com um vestido extravagante, um piercing ou com batôn vermelho!

Ena! Ena!

Que insurrecta!


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Tango

Esta é a banda sonora para um fim de tarde de Outono.

Num bar simpático, com um copo de vinho e uma boa conversa.

Pois…

Talvez daqui a 15 anos…

Tenho de descobrir o segredo dos meus vizinhos: a poucos quilómetros daqui, os espanhóis têm o hábito de comer uma tapa, dar um passeio ou ir às compras depois do trabalho.

Eu corro para casa, porque tenho a segunda parte do meu dia à minha espera… jantar, banhos, louça, história e cair na cama.

E eles vão para as tapas…

Estranhos, não são?

Eles ou eu?