Numa iniciativa recente, o Secretário de Estado da Educação salientou a importância da Estética na educação.
De origem grega: “AISTHETHIKÓS” sugere “aquele que nota, que percebe, que é sensível”;
mais tarde, por ilação, o vocábulo passou a referir aquele que é sensível às manifestações do Belo, na Natureza e nas Artes.
Nesse sentido, sem Estética, ficamos anestesiados, ou seja insensíveis às manifestações do Belo.
Achei o princípio excelente, mas também já aprendi a refrear-me relativamente às boas intenções que estão na base das reformas na Educação. Aliás, enquanto a reforma não for a médio ou longo prazo, com a participação de todos os intervenientes e partidos políticos, acho que não iremos longe.
Para Platão, o Belo identifica-se com o Bom e nesse sentido Estética e Ética são os princípios orientadores de qualquer modelo educativo.
Na educação da Beatriz, a matriz sempre foi essa.
Enquanto controlávamos o que influenciava a Beatriz foi fácil: muito Estúdio Ghibli, programas de televisão sancionados, uma redoma montada para o apuramento estético (pensávamos nós!).
Agora, temos o Canal Panda e uma parafernália de programas em catadupa, com muita cor, brilho e ritmo!
A par da Patrulha Pata, uma equipa de cães amorosos, aventureiros,altruístas e visualmente harmoniosos, eis que explodiram as LoliRock.
São bem intencionadas, fortes, solidárias, bem formadas e lutam pelo Bem, mas são tão, tão pirosas!
E o pior? A minha Super-heroína adora-as, porque elas juntam o mundo da magia, dos super-poderes, das estrelas de rock e das princesas numa explosão de cores fluorescentes e muita bateria.
E eu estou sem saber o que fazer…
Esta imagem não é das Lolirock; eu tentei, juro que tentei, colocar uma imagem da Princesa Iris mas não consegui: afinal, este post iniciou-se com a definição da palavra Estética…
Esta Super-heroína é da Amy Blackwell.