O meu primo diz que a geração anterior à nossa sofre de analfabetismo afectivo; por falta de disponibilidade, formação, tempo e dinheiro dos progenitores, acrescento eu.
Infelizmente, o analfabetismo afectivo estendeu-se à nossa geração. Ainda fomos educados para acreditar que mostrar as emoções é mostrar vulnerabilidade e que o mais forte é o que menos parece sentir.
A única diferença entre nós e os nossos antecessores é que nós temos consciência das nossas lacunas. Enfim, a maior parte das vezes…
Eu vou tentando, na medida do que sei e consigo, conversar e reflectir com a Beatriz relativamente ao que ela faz e sente. Nem sempre é fácil e, na verdade, também tenho as minhas limitações.
O Emocionário tem-nos ajudado.

Para começar, distinguir emoção de sentimento é fundamental, uma vez que nos torna autoconscientes e ajuda a regular a nossa acção.
A psicoterapeuta Rosa Collado Carrascosa faz a distinção da seguinte forma:
“”As emoções são estados afetivos inatos e automáticos que se experimentam através de alterações fisiológicas cognitivas e comportamentais. Servem para nos adaptarmos aos ambientes que experimentamos.”
“Os sentimentos são a tomada de consciência dessas emoções. Servem para expressar, de forma mais racional, o nosso estado anímico”.
As emoções são ilustradas de forma sugestiva e são um excelente mote para abordar o que está em causa.
A timidez:

A culpa:

A Ternura:

A Tristeza:

O Remorso, uma das minhas ilustrações favoritas, do argentino Federico Combi:

Todas as emoções são, para além de ilustradas, sucintamente definidas.
É proposto um roteiro de exploração do livro, uma vez que muitas das emoções se interligam.
A definição de Entusiasmo é uma das mais expressivas:

