“When we have learned how to listen to trees, then the brevity and the quickness and the childlike hastiness of our thoughts achieve an incomparable joy.”
Esta frase do Hermann Hesse recorda-me de que já não abraço uma árvore há muito tempo. Seis anos, precisamente. Quando a Beatriz era bebé levava-a no marsúpio e abraçávamos as árvores e acariciávamos as flores.
Agora defino destinos diários, sigo viagens vertiginosas e as árvores da cidade são apenas decorativas.
Quando vi a imagem deste quarto, pensei que seria feliz aqui.
“A árvore sussurra à noite, quando estamos inquietos diante dos nossos próprios pensamentos infantis: as árvores têm pensamentos longos, uma respiração longa e tranquila, tal como têm uma vida mais longa do que a nossa.
Elas são mais sábias do que nós, enquanto nós não as ouvirmos.
Mas quando aprendermos a ouvir as árvores, a brevidade e a rapidez e a pressa infantil dos nossos pensamentos alcançarão uma alegria incomparável. Quem aprendeu a escutar as árvores, já não quer ser uma árvore. Já não quer ser nada, excepto o que é.
Isso é estar em Casa.
Isso é a Felicidade.”
Trees: Reflections and Poems, 1984
Conhecia o texto de Hermann Hesse, mas infelizmente não tenho o livro, nem encontro uma tradução à venda.
Encontrei o excerto no blog Brain Pickings.
“So the tree rustles in the evening, when we stand uneasy before our own childish thoughts: Trees have long thoughts, long-breathing and restful, just as they have longer lives than ours. They are wiser than we are, as long as we do not listen to them. But when we have learned how to listen to trees, then the brevity and the quickness and the childlike hastiness of our thoughts achieve an incomparable joy. Whoever has learned how to listen to trees no longer wants to be a tree. He wants to be nothing except what he is. That is home. That is happiness.”
As imagens da casa a fingir que é floresta são do blog French by Design.