De regresso à leitura solitária, depois de meses de encantamento e partilha de livros com a Beatriz.
Consegui, finalmente, equilibrar os dois momentos.
Comecei com A Boneca de Kokoschka e tive de seguir com Afonso Cruz: Para onde vão os guarda-chuvas.
Ainda na página 145 e já com várias pontas de páginas dobradas.
-Os telescópios não servem para aumentar as estrelas, mas para diminuir o ser humano. São máquinas de nos fazer pequenos.
-As estrelas somos nós. Quando Alá nos observa, é como quando nós olhamos para o céu: o que Ele vê são luzes. Cada homem é uma vela a brilhar no escuro […] é assim que Ele consegue ler à noite.
Para além do prazer de ler frases destas, em continuum, adormeço tranquila com a ideia de que sou um vela de Alá e que é (também) por minha causa que Ele lê os seus livros à noite.
Boa leitura!