A Amélia veio connosco da Biblioteca.
Foi criada por Tim Bowley e pelo nosso querido André Neves, o pai da Mara.
Como quase todas as crianças que conheço, esta menina quer um cão.
Como quase todos os pais que conheço, este pai recusa tão exigente pedido.
A expressão de Amélia comove-nos a todos, excepto ao pai.
Decide, então, sugerir outros companheiros de quatro patas.
Sem sucesso!
Propõe ainda companheiros sem patas…
Pai inflexível!
Até que finalmente o pai tem uma ideia genial e apaziguadora.
Como seria de esperar de André Neves, a ilustração arrebata-nos.
E cruza, exemplarmente, os planos do real e da fantasia.
A narrativa de Tim Bowley não tem a profundidade de Orelhas de Borboleta, mas encanta a Beatriz (e a mim): a ideia de ter uma baleia ou um elefante como animal de estimação é irresistível!
E faz-nos pensar, a nós, adultos, que muitas vezes os pedidos das crianças são razoáveis.
Nós é que crescemos e ficamos rapidamente programadas para achar qualquer proposta que saia da rotina mirabolante.
Claro que não me refiro à baleia ou ao elefante…
♥
Que saudades que eu tinha de escrever sobre um livro infantil!