Já sei que aos 40 anos sou, definitivamente, “senhora”, mas posso ser uma senhora rebelde?
Monthly Archives: Setembro 2016
Gelado de Chocolate Extrarrico
O Verão continua e os gelados também!
Fomos ao livro de Linda Lomelino e escolhemos o gelado que a convenceu a fazer gelados em casa.
A nós também nos convenceu.
Depois de provar este, é impossível ficar impressionado com qualquer gelado de gelataria, mesma daquelas que estão na moda e se intitulam “artesanais”.
Gelado de Chocolate Extrarrico
1 1/4 Chávenas de natas espessas (uso natas sem lactose)
2 colheres de sopa de cacau
100g de chocolate negro aos pedacinhos
1 colher de sopa de licor de café (omiti, mas o licor confere cremosidade)
3 gemas
2/3 de chávena de leite
1/4 de chávena de açúcar
pitada de sal
– Numa caçarola, leve ao lume metade das natas (pouco mais de 1/2 chávena) com o cacau.
– Aqueça apenas até levantar fervura.
– Tire a caçarola do lume, junte o chocolate em pedacinhos e mexa até o chocolate derreter.
– Deite a mistura de chocolate numa taça e misture as restantes natas e o licor. Coloque um passador sobre a taça e reserve.
– Bata ligeiramente as gemas numa taça pequena.
– Numa caçarola, aqueça o leite, o açúcar e o sal até levantar fervura.
– Junte a mistura de leite às gemas lentamente, mexendo sempre.
– Volte a introduzir a mistura de ovo/leite na caçarola e aqueça, mexendo sempre, até o preparado engrossar.
– Deite no passador, coe e junte à mistura de chocolate. Mexa bem.
– Cubra a taça e leve ao frigorífico até arrefecer por completo.
– Processe na máquina de gelados ou coloque no congelador.
♥
Resmunguei enquanto fazia o gelado, porque dá algum trabalho e as minhas ajudantes abandonaram-me a meio.
Claro que depois regressaram felizes!
E é, de facto, o melhor gelado de chocolate que já provei!
Sopa de Tomate
Pendurar
Tenho o sonho de tirar tudo dos armários e espalhar pelas paredes!
Tudo é exagero, mas como sou acumulativa e desmemoriada, preciso de ter o que existe à vista.
De outra forma, corro o risco de não usar e (bem pior!) de comprar uma segunda via, completamente esquecida de que já tenho uma primeira guardada em casa, no fundo da gaveta.
Não auguro nada de bom, com o passar dos anos.
Já ando a tratar do problema e a inspirar-me nestas imagens.
Grande
A minha filha está grande!
Ainda tem, por vezes, olhos de bebé… ou serão os meus olhos?
– Cada vez mais bonita!
– Como a Branca de Neve! – diz ela.
– Sim, por dentro e por fora!
Acabaram as birras: uma fase terrível e difícil do nosso Amor.
E começou uma etapa em que o meu coração se ilumina ao ouvi-la usar palavras nunca pronunciadas:
“começo a recuperar memórias”
“obviamente”
“excepto…”
É… talvez o bebé dependente esteja a desaparecer, mas ando encantada com a “pessoa” que está a nascer!
Apesar dos desafios continuarem!
L´Amour
– França está diferente! Militares por todo o lado, coletes à prova de bala, metralhadoras, helicópteros do exército, tensão e medo nas pessoas que deixavam a porta de casa aberta…
– Este é um Mundo diferente! – respondeu-me.
É impossível não sentir angústia, dor, horror e impotência.
Talvez só mesmo o Amor e a Arte nos aliviem por momentos.
O concerto da Cyrille Aimée e dos seus músicos (de múltiplas nacionalidades) recordou-me o melhor de França: pai francês e mãe dominicana, com influência da cultura cigana desde a infância.
Um concerto com a “cantora brilhante” que arrebatou a Beatriz.
E que, por momentos, nos fez reencontrar a nossa França.
Queria muito esta última versão para os nossos filhos!
Mas a frase “Este é um Mundo diferente” não me sai da cabeça…
Não vigiada
v.h.m. disse, numa entrevista, que ser feliz é viver como somos e apaziguarmo-nos com isso.
Parece tão óbvio, não é?
Mas raramente o fazemos, pelo menos em plenitude; é mais fácil ficar na superfície.
Talvez seja necessário procurar constantemente esta bifurcação na Vida e questionarmo-nos, antes de tomarmos a decisão.
Ouvir o nosso íntimo e vencer o medo, as conveniências, as expectativas que nos amarram e seguir.
Seguir para a zona não vigiada… ou ficar, em consciência, na zona de banhos.
Boa sorte!
Setembro
O Agosto passou e cumpriu as promessas!
Desliguei!
Sem notícias tristes do mundo, só com as malas de viagem, o coração cheio, música, verde, sol e mar é impossível não ser feliz.
Passei por aqui, de vez em quando e nunca abri o computador.
Como a Internet me desconcentra!
Andei 1 mês em viagem (nem tanto geográfica!) – talvez tenha feito escala em Estremoz durante 3 dias…
A nossa roupa ainda cheira a outra paragens!
E foi mesmo retemperador passar 31 dias colada à minha grande companheira de viagens!
Assim mesmo non-stop!
Todas matchi-matchi!
Com tempo para apanhar flores pelos caminhos.
Com tempo para dar 100 mergulhos!
Até ao pôr-do-sol!
Com tempo para repor os abraços que os meses de trabalho nos roubaram.
E agora quem é que quer voltar à rotina?
A terceira rã
Este blog fez 3 anos em Agosto.
Cresceu…
Testemunhou dias de muito sol mas também alguns de nuvens.
Questiono-me, muitas vezes, em relação ao futuro do blog.
O meu tempo disponível é tão escasso!
Uns dias mais, outros menos, ainda faz sentido;
quando deixar de fazer, despedir-nos-emos e ficará aqui partilhada uma parte de mim.
Para já continua a ser terapêutico procurar e registar o lado mais brilhante da vida.
Há 3 anos escrevia para a minha Mãe e para a minha prima do coração.
Agora tudo mudou, e há dias em que até é assustador: a partir dos 300 leitores deixei de contar – imagino-os generosos, positivos e sensíveis.
É para vocês que escrevo!
Embora, no silêncio da noite, continue a escrever para a minha Mãe, para a minha prima do coração e para mim; para não esquecer; num tempo em que o que não se escreve, esquece.
Obrigada por estarem aí!
♥
Todos os anos, nesta altura, há um bichinho que cruza o meu caminho: não sei bem o que quererá dizer, mas assumo-o como um bom sinal.
– Mãe, a Avó tem uma rã de estimação! Vem ver!
– ??!!
É mesmo verdade, a minha Mãe tem uma rã de estimação!
Como se pode ver, acusa o bom trato e tem uma piscina no mais bonito quintal que eu conheço!
Há rãs com sorte!