Provérbios e axiomas.
Revelam as tradições de um povo… fazem parte do nosso património oral.
São interessantes do ponto de vista histórico, linguístico e sociológico, mas não gosto de usá-los.
Para mim, justificar um comportamento com um provérbio é, muitas vezes, sinal de preguiça mental e de conservadorismo.
E, mais importante, geralmente nem concordo com eles.
“Quem não se sente não é filho de boa gente” justifica reacções lúcidas, mas também excessivas, mesmo quando se deve ser superior ao agressor.
“Quem os fez que os ature”: é tão feio que nem me merece comentários.
“Entre marido e mulher ninguém mete a colher”; outra pérola que justificou, durante séculos, situações arrepiantes.
“Quem corre por gosto, não se cansa”: revela uma falta de solidariedade enorme.
E é uma grande mentira: cansa e muito.
São as obrigações que me têm esgotado, mas também os prazeres.
Compromisso: para cumprir a partir de Agora.
1- Abrandar depois de jantar e dormir: respeitar a hora da Cinderela e sair de cena antes da meia-noite.
2- Reduzir a publicação de posts no blog para dois semanais e responder aos comentários apenas se tiver tempo: 1000 desculpas a todos os que tão generosamente comentam o que eu escrevo!
3- Ir ao ginásio durante a aula de ballet da Beatriz.
4- Beber apenas um café por dia, de preferência de manhã, para não provocar o sono entrecortado (adormecer bem, mas acordar de madrugada com uma insónia).
5- Fazer o que está ao meu alcance e não estar sempre a tentar ultrapassar os cem objectivos que estabeleço para o dia.
Último: Pensar bem de que cor quero pintar a minha tela.
Neste momento, a velocidade é tanta que só se vê uma confusão de cores.
Esta fotografia está a tapar uma montra de uma loja de um Centro Comercial abandonado na Figueira da Foz.
Sempre que por lá passo acho que quem a fez tem um dom: conseguiu colocar beleza num local desolado e assustador e apazigua o olhar de quem passa.