Gosto da luz de Lisboa e do movimento do Chiado.
Gosto de passear em Lisboa, de visitar alguns locais e de descobrir outros.
Sinto saudades da cidade, tal como sinto a falta dos meus amigos que lá vivem.
Muitas saudades.
Na última visita, almocei aqui.
As vezes que já passeei pelo Chiado e nunca tinha visto este recanto.
Foi preciso explicarem-me a localização exacta: Calçada Nova de São Francisco, nº14.
O espaço dá-nos mil ideias e vai ao encontro do que defendo: se procurarmos bem nas arrecadações e sótãos dos nossos pais e avós encontramos peças cheias de história que aspiram a uma nova vida.
São estes pormenores que revelam que um lar é mais do que um acumulado de peças utilitárias e bonitas.
A Beatriz adorou as máquinas de costura e a mãe da Beatriz gostou das mesas de sala de jantar da avó Rosa e das salas labirínticas.
E do bolo de chocolate.
Muito!
E da galeria…
Não era esta a exposição, mas alimentei a alma.
É verdade: a partilha desta descoberta não pretende fazer-me urbana e cosmopolita.
Não sou; sou orgulhosamente da província.
Mas também não sou provinciana.
Partilho esta descoberta com o mesmo entusiasmo com que partilho o perfume inebriante dos junquilhos.
(Estas fotografias são daqui; a minha máquina ficou com os junquilhos.)